TRIBUNAL DA INTERNET: Cuidado com as injustiças.
Sou advogado criminalista e quero deixar uma alerta para as pessoas que tém perfis ou páginas na internet: Tenham cuidado ao compartilhar conteúdos sem a devida apuração dos fatos. Esses conteúdos podem arruinar a vida de alguém e quem posta e compartilha pode estar cometendo um crime com penas desde multa até prisão.
PRESTEM ATENÇÃO: Casos de linchamento, perda de empregos, julgamentos precipitados na internet, destruição de relacionamentos, depressão e até atentados contra a própria vida são apenas alguns dos graves problemas que podem surgir quando vidas são expostas nas redes sociais sem o devido processo ter tramitado na Justiça e julgado pelo juiz, que é a autoridade competente para sentenciar culpados e inocentes.
O tribunal virtual que se forma ao assistir ou ler um conteúdo “pinçado” de uma história e condena esse ou aquele, sem uma investigação profunda e sem apuração dos fatos pode estar colaborando para que injustiças sejam cometidas.
As redes sociais têm o poder de conectar e informar, mas, quando conteúdos são descontextualizados e compartilhados sem a história completa, as consequências podem ser devastadoras e, muitas vezes, irreversíveis. Um exemplo de comportamento ilícito comum é o compartilhamento indevido de imagens captadas por câmeras de segurança de residências ou comércios e distribuídas sem autorização judicial. Esses registros existem para documentar possíveis ocorrências e devem ser entregues exclusivamente à polícia, que é a instituição responsável por investigar e apurar os fatos.
Ao expor alguém nas redes sociais ou em aplicativos como o WhatsApp, você pode estar cometendo um crime e destruindo vidas. Por isso, é essencial refletir antes de compartilhar qualquer informação. Proteger a privacidade e respeitar os direitos das pessoas é um dever de todos.
REFLEXÃO: E se fosse alguém que você ama? E se fosse um familar? Acredito que antes de expor ou opinar em qualquer situação onde não se tem conhecimento completo dos fatos, todos deveriam se colocar no lugar de quem foi exposto.
Artigo enviado pelo advogado criminalista Dr. Renan Jouberth Almeida Silva.
